Felicidade é uma coisa assim: quanto menos a gente mostra, mais a gente tem
novembro 10, 2017
É triste,
mas é verdade. Infelizmente, o mundo anda cheio de gente incapaz de aceitar que
você está feliz. Nem sempre é por mal. Pode ser “sem querer”, sem intenção, mas
acontece. Cada vez menos pessoas sabem lidar com o fato de que o outro está
bem.
Primo
distante da intolerância a lactose, esse tipo de mazela causa muito sofrimento
a seus portadores. Quem padece da dificuldade de aceitar a satisfação alheia
apresenta sintomas diversos, desde uma inofensiva coceira até um desejo
irrefreável de disparar uma metralhadora em praça pública.
Entre um
extremo e outro, uma infinidade de reações mesquinhas acomete o portador de
intolerância a pessoas felizes: fofocas, intrigas, picuinhas, olhos gordos,
falsas denúncias, mentiras, nomes na boca do sapo e outras “coisas mandadas”
com um único objetivo: despachar o seu estado de graça às favas.
Sentir
felicidade é um direito tão sagrado quanto padecer de tristeza. São sentimentos
irmãos. Só pode estar verdadeiramente feliz quem já esteve triste e vice-versa.
Sem a comparação não é possível saber o que a gente sente. Então, é claro que
toda gente feliz merece a felicidade que sente, sobretudo porque foi capaz de
sobreviver à tristeza que, vira e mexe, sempre volta.
Agora,
felizes ou tristes, isso é departamento nosso. No máximo, diz também respeito
às poucas pessoas que fazem parte da nossa vida e nos querem bem.
Acredite:
divulgar para além dessa esfera íntima a sua tristeza é muito menos “perigoso”
que anunciar aos quatro ventos a sua felicidade. Exceto um ou outro excêntrico,
ninguém inveja miséria, desespero, contas vencidas, casamento infeliz, saldo no
vermelho, despensa vazia. Ninguém.
Já a sua
viagem dos sonhos, sua refeição cara, seu encontro de família, suas bodas de
prata, sua alegria escancarada, quando gritadas para todo mundo ouvir, provocam
as mais diversas reações. Quase sempre ruins. Fazer o quê? Muito pouca gente
está preparada para saber que você está feliz.
É claro que
a vida é sua e você conta o que quiser para quanta gente desejar. Mas pensemos.
Será mesmo que a sua felicidade vai ser menor ou menos intensa se você
vivê-la somente aí, entre você e os seus? Vai saber, né? Na dúvida, é melhor
não arriscar. E sejamos todos felizes.
Ela acordou
disposta hoje.
Disposta a semear sorrisos, amor, gratidão e gentilezas pelo
mundo e não deixar que nada e nem ninguém estrague a oportunidade dela de ser
feliz.
2 comentários
Cada vez mais acho que não devemos divulgar, nem as alegrias nem as tristezas! Se por um lado as pessoas ficam invejosas se sabem que estamos bem, por outro, ficam contentes em saber que estamos a sofrer, e estamos pior do que elas ;)
ResponderExcluirMulti-resistente
Bucólico-anónimo
Plastrão
Sem dúvidas, concordo com você.
ExcluirVolte sempre, bjs